Sem sangue... Porquê sem sangue? Porque não há guerra sem sangue? Porque a revolução do 25 de Abril foi sem sangue? Porque sem sangue não há tristeza? Porque sem sangue não há dor? NÃO! Nenhuma delas! Sem sangue, porque a maior dor não o envolve, simplesmente porque as feridas que mais nos marcam são aquelas que não derramam nem um pingo de sangue, pois essas que mais nos marcam e mais nos doem são aquelas que nos tiram o sono, aquelas que nos fazem sonhar alto demais e aquelas que nos fazem chorar, sem ninguém nos tocar...
Todos os ferimentos têm um nome, uns mais complicados, outros mais simples, mas todos têm um nome. Este não poderia deixar de ter também e, mesmo sendo uma ferida muito conhecida e que tantas vítimas faz por todo o mundo, fala-se sempre nela como sendo algo de bom, que muitas vezes não o é. O seu nome é AMOR! Talvez a primeira doença do mundo a ter sido descoberta e muito provavelmente a última a ter cura que resulte em toda a população, porque só quem padece dela pode encontrar a cura exclusivamente para si mesmo.
Eu considero isto como uma doença, um ferimento, algo de mau, mas muitas outras pessoas referem-se ao amor como sendo a melhor coisa do mundo, que nos traz felicidade, que quando padecemos dele passamos os melhores momentos da nossa vida e bla, bla, bla... Não discordo com tudo o que dizem, mas ao mesmo tempo não posso esconder o outro lado da questão: e quando nem tudo corre bem? Quando apenas há amor de um só lado? Quando simplesmente não nos é permitido sonhar? Pois, nesses momentos só nos apetece refugiarmo-nos de tudo e todos, isolarmo-nos completamente da sociedade, são momentos em que nem os nossos melhores amigos são a melhor companhia, porque nesses momentos só temos duas boas companhias: o silêncio ou a "nossa" música (sim, nossa, porque qualquer uma não serve).
Não falo do meu caso em específico, não falo do caso de ninguém em particular, falo simplesmente de um caso geral, possível a qualquer pessoa deste mundo, porque o amor é universal. Mas seja como for, uma coisa é certa e ninguém pode dizer o contrário: "A ferida que mais nos dói é aquela que não derrama sangue" e "Ao amor mais sofrido e chorado, pode-se chamar de tudo, menos de falso".
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